Ao doce vento brincam as tuas madeixas
E, dos teus olhares – num sólido calabre
Desata-se o diadema, sem as queixas
No contentamento duma flor que se abre.
No desleixo dos movimentos – desleixas
De trança em trança, de mecha em mecha,
E sobre a espádua nua, tépida deixas
O meu coração trespassado por uma flecha.
Donzela, és linda como são as gueixas!
Que se agitam de presilhas nos cabelos.
E deste alindado riso, as tuas bochechas
Coram-se de pejo pelos cuidados e zelos.
E assim, nas ondas frouxas dos encantos
Custa-me lembrar dos ávidos desejos.
De amar-te na dor dos nossos prantos
E morrer, morrer nos açulados beijos...
E, dos teus olhares – num sólido calabre
Desata-se o diadema, sem as queixas
No contentamento duma flor que se abre.
No desleixo dos movimentos – desleixas
De trança em trança, de mecha em mecha,
E sobre a espádua nua, tépida deixas
O meu coração trespassado por uma flecha.
Donzela, és linda como são as gueixas!
Que se agitam de presilhas nos cabelos.
E deste alindado riso, as tuas bochechas
Coram-se de pejo pelos cuidados e zelos.
E assim, nas ondas frouxas dos encantos
Custa-me lembrar dos ávidos desejos.
De amar-te na dor dos nossos prantos
E morrer, morrer nos açulados beijos...
Do livro "Pocema"
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