sábado, 20 de dezembro de 2008

UM SONETO PARA JÚLIA


Nunca, os meus olhos, com tanto desejo
Viram com certo encanto, os volteios
Que da ousada blusa fina, sem pejo,
Saçaricavam com graça os teus seios.

Como são belos! – são dois pomos cheios
Brilhando em luzes sem que nada vejo,
E nos sonhos dos meus loucos anseios
Tê-los, quisera, em suave sacolejo.

Quisera, então, recostar com ternura
A minha mão num instante qualquer
Para senti-los em nova aventura.

Mas, agora mesmo, o meu sonho quer
Os teus seios talhados em escultura,
Assim, neste busto lindo de mulher!

Do livro "Setembros para Júlia"

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