Quando na primavera as flores coloridas
Invadirem o silêncio do teu leito,
E a brisa roçar-te o torso de marfim
Não te furtas assim! Não te esqueças de mim!
Pois eu quero, eternamente, viver contigo.
Quando a flor de tal buquê, sem explicação
Deixar de perfumar este teu corpo em fogo,
Tenho receio que triste passe o encanto
Que tanto mistério me causa, portanto,
Não te esqueças de mim, aflito eu te rogo.
Não. Nunca te esqueças de mim num só momento.
Mesmo quando no céu, das noites escuras,
Encontrar-me a dormir em total solidão
Mesmo quando um forte cheiro de sedução
Vier inebriar-te as faces brancas e puras.
Não te esqueças porque nunca te esqueci
Entende, de te são lembranças fugaces.
Senão momentos de gestos e de carícias
Dos beijos loucos com infinitas delícias
Que a volúpia deixava pejada em tuas faces.
Tinha o teu quarto de um semitom amarelo
Era quase ouro tudo que ali se encontrava.
E eu feliz guardo na lembrança a fantasia
Do primeiro beijo, que desde aquele dia,
Nunca mais me esqueci de como te beijava.
Abre uma flor, amarelinha, entre as outras
Flores à quentura do teu seio doce e lesto.
Tu as tens tão lindas ornamentando o busto
Que, durante os movimentos, fito-as sem susto
Na esperança de ter-te no peito o meu estro.
Sacode o vento, o teu vestido transparente,
Há barulhos nas finas peças que te vestes,
Mas, te esquecer num só dia de tantos anos,
É morrer de improviso com os desenganos
De amar à beira do teu leito azul celeste.
Essa ânsia de amar não se pode esquecer
Pois a ramagem viçosa presa na parede
Externa do teu quarto de dormir – não sabe
Dos momentos que juntos ao som do rebade
Amamos-nos, feitos dois loucos numa rede.
Invadirem o silêncio do teu leito,
E a brisa roçar-te o torso de marfim
Não te furtas assim! Não te esqueças de mim!
Pois eu quero, eternamente, viver contigo.
Quando a flor de tal buquê, sem explicação
Deixar de perfumar este teu corpo em fogo,
Tenho receio que triste passe o encanto
Que tanto mistério me causa, portanto,
Não te esqueças de mim, aflito eu te rogo.
Não. Nunca te esqueças de mim num só momento.
Mesmo quando no céu, das noites escuras,
Encontrar-me a dormir em total solidão
Mesmo quando um forte cheiro de sedução
Vier inebriar-te as faces brancas e puras.
Não te esqueças porque nunca te esqueci
Entende, de te são lembranças fugaces.
Senão momentos de gestos e de carícias
Dos beijos loucos com infinitas delícias
Que a volúpia deixava pejada em tuas faces.
Tinha o teu quarto de um semitom amarelo
Era quase ouro tudo que ali se encontrava.
E eu feliz guardo na lembrança a fantasia
Do primeiro beijo, que desde aquele dia,
Nunca mais me esqueci de como te beijava.
Abre uma flor, amarelinha, entre as outras
Flores à quentura do teu seio doce e lesto.
Tu as tens tão lindas ornamentando o busto
Que, durante os movimentos, fito-as sem susto
Na esperança de ter-te no peito o meu estro.
Sacode o vento, o teu vestido transparente,
Há barulhos nas finas peças que te vestes,
Mas, te esquecer num só dia de tantos anos,
É morrer de improviso com os desenganos
De amar à beira do teu leito azul celeste.
Essa ânsia de amar não se pode esquecer
Pois a ramagem viçosa presa na parede
Externa do teu quarto de dormir – não sabe
Dos momentos que juntos ao som do rebade
Amamos-nos, feitos dois loucos numa rede.
Do livro "Setembros para Júlia"
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