Tirem –me a feroz fadiga do sofrer
Também do mar, a imensa maravilha!
Tirem-me a cólera e o doce prazer
Que, se existe, também me humilha.
Tirem-me, por Deus! O passo incerto
De um bêbado trôpego que escarra.
Também o canto aflito que de perto
Tagarela com pirraça a cigarra.
Tirem-me as sombras e a solidão
Tudo, tudo que me traz desgosto.
Também os sonhos, o sono e a razão
Deste segredo que me é imposto.
Tirem-me o áspero mal de ser mau,
O sorriso fanado, o sabor dos vinhos,
Por fim, a minha vida infernal.
Mas não me tirem esses carinhos!...
Também do mar, a imensa maravilha!
Tirem-me a cólera e o doce prazer
Que, se existe, também me humilha.
Tirem-me, por Deus! O passo incerto
De um bêbado trôpego que escarra.
Também o canto aflito que de perto
Tagarela com pirraça a cigarra.
Tirem-me as sombras e a solidão
Tudo, tudo que me traz desgosto.
Também os sonhos, o sono e a razão
Deste segredo que me é imposto.
Tirem-me o áspero mal de ser mau,
O sorriso fanado, o sabor dos vinhos,
Por fim, a minha vida infernal.
Mas não me tirem esses carinhos!...
Do livro "Setembros para Júlia"
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